Há pessoas a impacientar-se por muito se falar da prisão de
Sócrates. Ainda não entenderam que
enterrar Sócrates - com razões válidas ou sem elas - é CRUCIAL para interiorizar
a "necessidade" deste ajustamento a uma política de retrocesso e de
miséria, que parece ter vindo para ficar. Esta comissão liquidatária que nos
tem governado, e seus inibidos ou descarados apoiantes, precisavam
desesperadamente disso. Especialmente para ganhar os muitos hesitantes que vão
sendo alimentados na hipnose dos nossos “media”. Não esqueçamos o que dizia
aquele senhor, muito sério, de que muitos têm saudade: em política o que parece
é. O enterro de Sócrates, preparado há anos, tem o seu epílogo neste estranho
caso jurídico, inédito no mundo, muito à boa maneira lusitana. Somos pioneiros,
porra! A prisão de Sócrates, é pois, um feito e assim deve ser entendida. Não é
de estranhar, pois, que o assunto seja muito badalado: Dá vazão aos amores e
ódios de estimação, é o maior enterro de que há memória em Portugal, e... vende
"jornais" como há muito não se via.
Falemos, pois, de Sócrates, carago!
Faniel D. Dias
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