Da remota hidra milacéfala um hálito pestilento subsiste
que ameaça de morte a pulsão pela luz, essa mutação persistente dos humanos
A verdade - cada vez mais radiosa - decai
sob esse hálito bafiento
estilhaça e decompõem-se nos pauis da miséria e do temor
Dos seus detritos se fabricam elixires que promovem glórias vãs
equivocas perfeições, avulsas felicidades temporárias
A hidra vai assim logrando recuperar a sua cabeça perdida
e força a humanidade a perder a sua e a regressar à primeva gruta onde
nasceu
Daniel D. Dias
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