segunda-feira, 27 de junho de 2016

Esperança


Anoiteço.
Sei que as nuvens da dúvida
vão invadir os meus sonhos de liberdade
e que eu, uma vez mais, irei lutar por madrugadas claras

Oh, quem me dera que o sono
não fosse uma Arca de Noé
de evasões frustradas
de fantasias de abismais azuis sem fim

Sobra-me a vaga esperança
de que a mão da sabedoria
me acolha, generosa,
numa recôndita aurora de lucidez

E fecho os olhos
numa resignação confortada:
o amanhecer, amanhã,  poderá ser diferente;
poderá mesmo ser real…


Daniel D. Dias