Salta aos olhos que o “Estado Islâmico”,
que tanto preocupa a "comunidade internacional", não vive do ar. A
sua complexa logística, o seu sofisticado equipamento bélico e de comunicação,
a alimentação e municiamento das suas tropas, são caros e não podem ter origem
numa Síria ou num Iraque em chamas.
É cada vez mais evidente que a placa
giratória do tráfico que sustenta o ISIS se situa na Turquia que é um dos mais
importantes membros da NATO. Segundo Assad* na entrevista que concedeu a um jornal checo
no dia seguinte aos atentados de Paris http://www.sana.sy/en/?p=25117,
o Qatar e a Arábia Saudita financiam o “Estado
Islâmico”, que conta com outros apoios significativos designadamente da
Jordânia e de alguns partidos libaneses. A França já veio reconhecer que armou
os terroristas do ISIS http://g1.globo.com/mundo/siria/noticia/2014/08/franca-repassou-armas-rebeldes-sirios-ha-varios-meses.html.
Israel também “dá uma ajudinha” ao ISIS atacando o exército Sírio pelos ares. É
uma espécie de força aérea do “Estado Islâmico”… O curioso é que todos estes
países são amigos e aliados dos EUA, UK e França, e fazem parte da tal coligação
alargada liderada pelos EUA destinada a combater o ISIS.
Agora, um membro do ISIS capturado pelos
serviços secretos paquistaneses, vem dizer que recebeu financiamento procedente
dos EUA http://tribune.com.pk/story/828761/startling-revelations-is-operative-confesses-to-getting-funds-via-us/...
Ou esta guerra ao “Estado Islâmico”
não passa duma treta hipócrita e sangrenta ou então vivemos num hospital de
loucos administrado por psicopatas?
Ou ambas coisas.
Daniel D. Dias
*Sugiro vivamente a leitura integral desta entrevista.