Cavaco fala da necessidade de um consenso para vencer a crise http://www.publico.pt/politica/noticia/pr-insiste-nas-vantagens-de-um-entendimento-politico-para-o-postroika-1627777
e agora, inesperadamente, como diz Bagão Felix, aí surge um http://expresso.sapo.pt/manifesto-de-70-personalidades-apela-a-reestruturacao-da-divida=f860221. E é um consenso a sério, transversal, como há
muito não se via na sociedade portuguesa. Cavaco vai ficar contente? Claro que
não, pois não é este tipo de consenso a que Cavaco chama “consenso”. Cavaco (economista)
tem a mesma visão que Salazar (economista) tinha para Portugal. Um Portugal,
pobre, rústico, (Cavaco elogia o regresso aos campos…), bem comportado, de
boina na mão. Um Portugal de “consensos” obtidos em câmaras corporativas onde, se
necessário à força, se “harmonizam” os interesses dos ricos e dos pobres.
Ou muito me engano ou Cavaco irá contestar este consenso por achá-lo
"inoportuno", como lhe chamou o Gelatina Estridente, por exemplo, ou argumentando
com uma qualquer roteirisse daquelas a que já nos habituou. Ou então, pura e
simplesmente, vai ignorá-lo. Este tipo de consensos é algo muito pouco
agradável para Cavaco. É que fica completamente à vista que o verdadeiro chefe
deste (des)governo, não é o gauleiter Passos, mas o próprio Cavaco.
Daniel D. Dias
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